terça-feira, 6 de maio de 2008

Novo Tema

Neste período, vamos desenvolver mais um trabalho no âmbito da disciplina de Geologia. Desta vez, relacionado com os Recursos Geológicos.
Este tema foi subdividido em vários tópicos e nós vamos abordar os Recursos Energéticos Não Renováveis. Para aceder ao nosso trabalho, terá de clicar no link abaixo:

Recursos Energéticos Não Renováveis (RENR)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Pavia - zona de risco?

Com esta 'Navegação pelo Pavia' podemos concluir que de facto, as populações, de uma maneira geral, correm grandes riscos ao construirem casas e outras estruturas em zonas perto de cursos de água.

A nossa situação-problema era o rio Pavia, mais concretamente, em Vildemoinhos. No passado ja ocorreram várias inundações mas nos últimos anos não têm acontecido cheias nesta zona.

Quem passa pelo Pavia diz que é um rio calmo e sereno mas como poderam verificar nos videos publicados, testemunhos reais poderam-nos alertar que se possivelmente ocorrerem dias de grande chuva, o caudal do rio pode aumentar, podendo provocar cheias e destruir tudo o que se encontrar no seu caminho, como já aconteceu no passado.

Como as populções gostam de situar as suas casas junto a locais bonitos não pensam nas consequências que por vezes podem ter, como no caso das que se encontram junto aos rios. Caso haja subida da água, as populações não se encontram devidamente preparadas para tal situação. É extremamente necessário alertar as pessoas que não se deve construir casas junto aos rios pois são zonas de grande risco.


(Para parar a imagem, passe o cursor por cima desta)

Navegação no Pavia

Tendo em vista os objectivos a realizar com este projecto, decidimos embarcar numa peripécia, guiadas pelas correntes do rio Pavia. Partimos com destino a Vildemoinhos para verificar a sua situação actual.


O primeiro lugar onde parámos foi numa ponte antiga onde infelizmente não passava tanta água como deveria. Neste local não havia construções à volta que pudessem correr perigo.

Fomos seguindo o rio, sempre que possível, até que chegámos a uma ponte principal. Nas margens do rio Pavia já havia algumas casas que, caso o caudal aumentasse muito, podiam sofrer inundações.
Já no meio da população de Vildemoinhos, encontrámos uma casa mesmo à beira do rio, onde a água até passava por baixo desta. Por enquanto a casa estava fora de perigo pois o caudal do rio encontrava-se bastante baixo.

Também junto à margem do rio, encontrámos uma senhora nos tanques que foram foram construídos há pouco tempo. Esta habitante de Vildemoinhos ajudou-nos e respondeu a algumas perguntas cerca do rio Pavia.

Esta senhora também nos disse, posteriormente, que agora têm que lavar a roupa naqueles tanques mas que antigamente era no próprio rio pois havia muito mais água do que na actualidade. Para além disso, há muitos anos, os jovens de Vildemoinhos iam nadar para o rio Pavia pois na altura era muito mais limpo e o fluxo de água era muito maior.

À procura de mais situações de perigo, continuámos o nosso caminho junto ao rio. Infelizmente, também encontrámos situações preocupantes a nível de limpeza - o rio Pavia está muito poluído!
Descobrimos uma série de casas mesmo à beira do rio e um moinho também! Era o Moinho da Tia Micas Moleira. O dono mostrou-nos e explicou-nos o seu funcionamento. Afinal, antigamente corria muito mais água no rio do que agora e os moinhos funcionavam bem. Agora é impensável um destes trabalhar. O dono do moinho também morava perto do rio e colaborou conosco...



O senhor também nos informou de que no passado, a casa junto ao rio já foi inundada devido ao aumento do caudal do rio. Ao longo do tempo, muitas casas em Vildemoinhos foram vítimas de cheias por causa do rio Pavia. Esperemos que não volte a acontecer!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Erosão, transporte e deposição

A erosão é a extracção progressiva de materiais do leito e das margens do rio. Deve-se à pressão exercida pela água em movimento. Os materiais erodidos resultam da meteorização física e química sofrida pelas rochas, que provocam a sua fragmentação e alteração. É mais acentuada em épocas de cheias, porque a velocidade das águas é maior. A erosão provoca modificação nos vales e sulcos onde o rio circula, que, ao longo dos anos, vão ficando mais largos e mais profundos.

O transporte é a deslocação dos detritos rochosos erodidos pela corrente de água para outros locais. A carga sólida de um curso de água é o conjunto de fragmentos sólidos por ele transportado. O transporte pode ser feito por:
  • Suspensão - Sedimentos finos, movem-se à mesma velocidade da água
  • Saltação, Rolamento e Deslizamento - Partículas mais pesadas e mais grosseiras, movem-se com velocidade inferior à da água.
A deposição é a sedimentação dos materiais ao longo do leito e nas margens dos cursos de água - nos terraços fluviais, nos deltas e nos aluviões. Depende da velocidade da corrente e das características dos sedimentos: dimensões, forma e peso.

Adaptado de: http://dminas.ist.utl.pt/Geomuseu/SEMINAR2007/Visitas%20de%20Estudo/Vimeiro%2028%20NOV%202007/Geomorfologia%20e%20Ocupa%E7%E3o%20antr%F3pica%20do%20Territ%F3rio/OCUPA%C7%C3O%20ANTR%D3PICA.pdf.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Leito do Rio

O leito é o terreno por onde corre um rio. Nas regiões de regime irregular, como resultado das oscilações do caudal, o leito do rio pode apresentar extensões diferentes ao longo do ano . De acordo com a quantidade de água que por lá passa, pode ser classificado como:

Leito aparente: terreno coberto por aguas, quando não influenciadas por cheias, inundações ou tempestades. (Figura A)


Leito de estiagem/seca: a quantidade de água diminui, em consequência de uma época de seca prolongada. - a precipitação escasseia e a evaporação aumenta - fazendo com que o caudal dos cursos de água diminua. (Figura B)


Leito de cheia: o fluxo de água de um leito aumenta e sobe vários metros - ocorre em períodos do ano de concentrada precipitação, em que o rio transborda das suas margens - inundando as áreas próximas. (Figura C)


Actualmente o leito do rio Pavia está de acordo com a Figura B, ou seja, de estiagem/seca. No Pavia não é feita a extracção de inertes. Entende-se por extracção de inertes a intervenção de desassoreamento das zonas de escoamento e de expansão das águas de superfície, quer correntes, quer fechadas, bem como da faixa costeira, da qual resulte retirada de materiais, tais como areia, areão, burgau, godo e cascalho.

Adaptado de: pwp.netcabo.pt/geografia/evolformrelevo.htm e http://www.ccdrc.pt/ambiente/RH/Lic-DH/a-extraccao-de-inertes

Perfil Transversal

O curso de um rio, desde a nascente, até à foz, pode ser comparado à história de uma vida, dividindo-se em três fases: juventude, maturidade e velhice.


Na fase de juventude, os rios correm geralmente entre montanhas, o declive dos terrenos é acentuado e a força das águas é muito significativa. Assim, o desgaste na vertical é acentuado e os vales são em V fechado.

Na fase de maturidade, o declive do terreno não é tão acentuado, o desgaste faz-se na horizontal alargando o leito do rio, forma-se vales mais abertos: são os vales em V abertos.




Na fase de velhice, o rio perde velocidade e dá-se a deposição dos materiais (aluviões) que o rio transportou durante o seu percurso, forma-se vales em forma de U, de fundo largo e plano.

Adaptado de: geoportal.no.sapo.pt/meio_natural.htm

Uma bacia hidrográfica envelhecida


O rio Pavia é uma bacia hidrográfica com várias nascentes e cursos de água.

O seu curso principal situa-se na zona do Mundão, mas a sua bacia tem uma ampla distribuição geográfica e uma ramificação grande.

A sua bacia sofreu um processo evolutivo que atinge todos os cursos de água e, neste momento, estará numa fase de velhice. Isto acontece porque verificou-se um trabalho de erosão que foi transportando sedimentos da zona das nascentes.

Assim, apesar da inclinação geográfica bastante grande entre a nascente e a foz, o trabalho de erosão tornou esta representação gráfica quase plana fazendo com que a corrente do rio tenho pouca potência.